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quinta-feira, 16 de junho de 2011


ALVORADA

A madrugada inspira
na madrugada expira
o prazer.

Algo ainda é permitido
amor e sexo na madrugada
e um sono pesado, merecido.

No despertar prá vida
o incômodo sol nos olhos
e a lembrança da tensão vindoura
do dia.

Melhor o tesão da madrugada
remédio que sustenta
suspiro que aguenta
mais e mais amar.

Esmola sublime
para corpos e mentes cansados
de lutar.






terça-feira, 14 de junho de 2011

TORMENTA



O vento
o vento macho
se anuncia na brisa
assovia na janela
penetra nas frestas
quer,
e consegue entrar.

O vento
o vento macho
levanta a saia da menina
arremessa longe folhas e papéis
assedias frágeis moradias
desrespeita dia, noite, sol, lua
determina passos e movimentos
canta nas portas
comemorando sua fúria.

Macho vento
que em dado momento
é laxo.
Retira-se,
com elegância de fêmea
dissipa-se
e, sem dizer adeus,
deixa no ar
o temor da dúvida humana
quando irá voltar?

segunda-feira, 13 de junho de 2011