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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O RIO



O RIO

Velho Chico
de velho, nada
bebe vidas de uma só tragada
suga sangue de uma vez.

Velha água, margeia a terra seca
sua história é intrepidez
seu curso trai a previsão vigente
em direção ao que só ele desmente.

Sua princesa, a correnteza
ele a traça como entende
feliz de quem o decifra
maldito o que sucumbe
à sua beleza.

Mistério é o Velho Chico
lava a alma do oprimido
rega o solo esturricado
segredos leva consigo.

Guarda os ecos de acidentes
vozes, pedras, ocos gritos
velho rio, puro mito
traga a vida, num repente.

@Cristina Lebre – 23.09.16
Código em RL - T5780479