O RIO
Velho Chico
de velho, nada
de velho, nada
bebe vidas de uma só
tragada
suga sangue de uma vez.
Velha água, margeia a terra seca
sua história é intrepidez
seu curso trai a previsão vigente
em direção ao que só ele desmente.
Sua princesa, a correnteza
suga sangue de uma vez.
Velha água, margeia a terra seca
sua história é intrepidez
seu curso trai a previsão vigente
em direção ao que só ele desmente.
Sua princesa, a correnteza
ele a traça como
entende
feliz de quem o decifra
feliz de quem o decifra
maldito o que sucumbe
à sua beleza.
Mistério é o Velho Chico
lava a alma do oprimido
rega o solo esturricado
segredos leva consigo.
Guarda os ecos de acidentes
vozes, pedras, ocos gritos
velho rio, puro mito
traga a vida, num repente.
Mistério é o Velho Chico
lava a alma do oprimido
rega o solo esturricado
segredos leva consigo.
Guarda os ecos de acidentes
vozes, pedras, ocos gritos
velho rio, puro mito
traga a vida, num repente.
@Cristina Lebre –
23.09.16
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T5780479