Sou alguém
e não sou nada
não passo de uma bolha d'água
como pluma, enlevada
e sob o sol estourada
em um simples movimento
do vento.
Sou lamento em flor
ornamento de lágrimas
de amor.
Sou um ponto, uma fagulha,
uma agulha no palheiro,
um breve raio de sol
me fulmina
por inteiro.
Sou água, ar,
pássaro engaiolado
a se debater
proibido de voar
na cruel esteira
da vida inteira
a crer e sonhar...
mas, na poesia,
bato, sôfrega, as asas
a cantar.
Sou brisa leve
ao luar
um minúsculo capítulo da história
no brutal passar do tempo
na cabal realidade
do esquecimento.
MCRL/mcrl/11/06/13
Código em Recanto das
Letras T4343320
2 comentários:
Gostei muito de tudo por aqui!
Sensibilidade a toda prova!
Parabéns!!
Obrigada, Dilean, saudações poéticas, Deus o abençoe e aos seus, bjs
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