MEU
PRIMEIRO AMOR
Cinjam-se-me os lombos
espane-se-me da vista a poeira
que por tanto tempo me embotou os olhos
e me enganou a direção certa a seguir.
Livrem-se-me os pés da areia movediça
que, tantas vezes, tentou me afundar,
mas Você não permitiu,
Você, por amor a mim, insistiu,
e impulsionou-me a levantar
e continuar a caminhada
a cada vez que eu caía
e, ferida de corpo e alma,
quase desistia.
Limpe-se minh’alma dos rancores e sofismas
lave-se-me o coração das desilusões e agonias
abra-se-me a emoção para, em belos versos,
contar o milagre
da resiliência de nossas vidas.
Voem-se-me as palavras, com asas, como águias,
a anunciar a fonte da água viva.
Abram-se-me os braços para a esperança que não morre
porque Você vive.
Derramem-se-me da mente estrofes que toquem
que arrebentem grilhões
que destruam amarras
que quebrantem corações
que convençam do amor
que jamais acaba.
Aprume-se-me o corpo
respirem fundo os meus pulmões
encham-se eles de ar para, à plena força,
declarar minha sina,
meu sentido,
minha vontade,
esta que mora em Te amar de verdade,
declaração de paz,
a única que hoje, minha mão, embaixo,
assina.
@Cristina Lebre – 20.04.14
Código em Recanto das Letras – 4777524
(Há expressões bíblicas neste poema)
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