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segunda-feira, 21 de abril de 2014

MEU PRIMEIRO AMOR



MEU PRIMEIRO AMOR


Cinjam-se-me os lombos

espane-se-me da vista a poeira

que por tanto tempo me embotou os olhos

e me enganou a direção certa a seguir.



Livrem-se-me os pés da areia movediça

que, tantas vezes, tentou me afundar,

mas Você não permitiu,

Você, por amor a mim, insistiu,

e impulsionou-me a levantar

e continuar a caminhada

a cada vez que eu caía

e, ferida de corpo e alma,

quase desistia.



Limpe-se minh’alma dos rancores e sofismas

lave-se-me o coração das desilusões e agonias

abra-se-me a emoção para, em belos versos,

contar o milagre

da resiliência de nossas vidas.



Voem-se-me as palavras, com asas, como águias,

a anunciar a fonte da água viva.

Abram-se-me os braços para a esperança que não morre

porque Você vive.

Derramem-se-me da mente estrofes que toquem

que arrebentem grilhões

que destruam amarras

que quebrantem corações

que convençam do amor

que jamais acaba.



Aprume-se-me o corpo

respirem fundo os meus pulmões

encham-se eles de ar para, à plena força,

declarar minha sina,

meu sentido,

minha vontade,

esta que mora em Te amar de verdade,

declaração de paz,

a única que hoje, minha mão, embaixo,

assina.





@Cristina Lebre – 20.04.14

Código em Recanto das Letras – 4777524



(Há expressões bíblicas neste poema)








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