A LÁGRIMA
A lágrima
pranteia e cai,
acalma,
lava
a angustiada alma,
cálida.
Tempera, gota salgada,
a face mansa,
em sua memória triste,
inglória,
água que escorre dos olhos,
avança,
rola, pinga,
no chão das lembranças
ácidas,
ávidas.
Ataviadas em nuvens molhadas,
chovem as lágrimas,
e encharcam,
e adornam,
de cada um, a própria estrada,
até então empoeirada,
pela secura da dor calada,
mas pelo pranto, solícito,
agora,
aliviada.
@Cristina Lebre – 07.03.14
Código em Recanto das Letras – T4719223
7 comentários:
Diva, Olhos de imensidão maravilhosamente de luz na sua escrita que penetra no mais profundo casulo da nossa alma, perolas rolam pelos rostos nos levando na emoção que fica estacionária em nossos corações, no que brilha a poeta, mais esmerilha, lapida, reluz percebida e sentida no que vemos mais, uma vez o seu talento acontecer. Felicidades!! Sucesso sempre!! Maravilhosa poeta.
Ronis Elson Ruch
"Então sai,deixa correr!Toda água contida.Então sai,deixa correr!Toda magoa velada é água parada e uma hora transborda!"
Lembrei da canção "água contida" da cantora Pitty.
As lagrimas limpam o nosso interior confuso.Otima poesia!
bjs
Obrigada, Ronis Elson, gratidão, viva a poesia!
Obrigada, Victor Martins, estou deixando-as rolarem enquanto escrevo poesias, gratidão, viva a poesia!
Ronis, que comentário lindo, ele ficou mais belo do que a própria poesia, obrigada de todo o coração, poesia! <3
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