EXAUSTÃO
Percebo a
alma exaurida
diante da
nova partida.
O corpo e a
mente
ainda mais
cansados
em meio ao
pesado fardo
do tentar
amar e, jamais acostumados,
verem-se outra vez frustrados.
Se a vida é
sempre esta dor
de que fora
sentir sua leveza
quando
somente ao viver o amor
que agora,
novamente,
se
transforma em tristeza.
Se a solidão
é a senhora da vida
e tão
somente a morte,
quem um dia,
de vez, a aterroriza
ao menos é
figura fácil, conhecida,
não deixa de
fulminar a chama
que outra
vez, pouco a pouco,
se acendia,
a cada doce,
pois que íntima sensação,
da tentativa
mais uma vez inibida.
Eis que
novamente surge o acordar lento
corpo nu a
carregar nas costas
mais este
sustento
de um amor
que apenas
se anunciou,
e tão breve virou
ordem de esquecimento.
E assim se
desperta a rotina matinal
da natureza
em canto,
cenário de
mais um dia
que
reverbera seu encanto
sem
perguntar nada
sobre os
desalentos de ontem
mas simples,
e lentamente,
a renovar as
forças
do combalido
homem.
MCRL/mcrl/22/07/13
Código em
Recanto das Letras 4440373
2 comentários:
Uau!
Que dor.....abre teus olhos , olha do lado o pedaço acordado te espera ... Mais um passo ... Encontro de braços .. Por dentro ... Tua alma se casa se funde .. nunca mais só .
Renata Terrara
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