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sábado, 24 de agosto de 2013

EXAUSTÃO


EXAUSTÃO


Percebo a alma exaurida
diante da nova partida.


O corpo e a mente
ainda mais cansados
em meio ao pesado fardo
do tentar amar e,  jamais acostumados,
verem-se  outra vez frustrados.


Se a vida é sempre esta dor
de que fora sentir sua leveza
quando somente ao viver o amor
que agora, novamente,
se transforma em tristeza.


Se a solidão é a senhora da vida
e tão somente a morte,
quem um dia, de vez, a aterroriza
ao menos é figura fácil, conhecida,
não deixa de fulminar a chama
que outra vez, pouco a pouco,
se acendia,
a cada doce, pois que íntima sensação,
da tentativa mais uma vez inibida.


Eis que novamente surge o acordar lento
corpo nu a carregar nas costas
mais este sustento
de um amor que apenas
se anunciou, e tão breve virou
ordem de esquecimento.


E assim se desperta a rotina matinal
da natureza em canto,
cenário de mais um dia
que reverbera seu encanto
sem perguntar nada
sobre os desalentos de ontem
mas simples, e lentamente,
a renovar as forças
do combalido homem.


MCRL/mcrl/22/07/13
Código em Recanto das Letras 4440373

2 comentários:

Flávia Côrtes disse...

Uau!

Renata Terrara disse...

Que dor.....abre teus olhos , olha do lado o pedaço acordado te espera ... Mais um passo ... Encontro de braços .. Por dentro ... Tua alma se casa se funde .. nunca mais só .


Renata Terrara