VILIPÊNDIO TEMPO
Onde, onde
Onde o seu
ombro moço
para eu
reclinar meu dorso
torto de
dor?
Somente no
tempo
que passa,
passa, passa...
passa tanto
que, as vezes,
parece até
que cansa
de passar?
Somente no
vento
que enche de
pó
a estrada,
estrada errada
errada, errada...
que parece
até que,
de tão
equivocada,
em nenhum
lugar vai dar?
Onde, onde
meu corpo
que, com
alegria, ia
ia, ia,
ia...
e agora parece que,
dividido em
partes
fica, fica,
fica,
espalhado no
barro da estrada
esperando
alguém
que lhe
recolha as partes
e o devolva à
arte
da vontade
de novamente
ir
nem que seja
só pra ver
o nada
nem que seja
só
para sair
do mesmo
lugar...
Será
que o seu pulso é fraco
e o meu dorso,
pesado
demais
pro seu ombro
sustentar?
Será
que as
minhas vis palavras,
mesmo quando
caladas
não encontram
alento
no lento,
vilipêndio tempo
que agora
mente
que cansou
de passar?
MCRL/mcrl/09/09/13
Código em
Recanto das Letras - 4474779
3 comentários:
"esperando alguém
que lhe recolha as partes
e o devolva à arte
da vontade
de novamente ir"
Parabéns Cristina, por tão belos versos.
Muito bonito... Amei... Aliás amei seu blog, visitá-la-ei sempre. Abraços!
Obrigada, Jailda Galvão Aires e Marc Souza, pelos elogios, o blog é de vcs, a poesia é de vocês, vamos espalhar poesia por este nosso tão mal tratado país, precisamos de mais amor, beleza, natureza, poesia em flor, bjs e Deus os abençoe!
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