PRIMAVERA
Folhas secas,
mortas
caídas no
solo para a criança pisar
brincar de
quebrar
ouvir o
estalar.
No céu
pesado nuvens densas
trazendo uma
chuva lenta
que parece
que acalenta
a saudade do
inverno
que se
despede,
triste, já
se vai.
Já se esvai
no tempo
nas flores
que se preparam
para abrirem
no mesmo sentido
com o pólen,
à concepção,
oferecido.
É a natureza
preparando a festa
esquecendo por ora o uníssono gemido
anunciando,
num único bramido,
a bela,
viril primavera,
quando os
lírios se vestem, majestosos
formam
fileiras do fino fio tecido
entretecido
com a perfeição
da criação
mais formosa.
E os
pássaros cantam, espalhafatosos,
a canção do
sol desnudo, quente,
que, imponente,
permite somente um resto de brisa
para
oferecer às flores guarida
respeitando
o desabrochar irmão
a
celebração, em milhões de matizes
do turbilhão
de cores.
MCRL/mcrl/21/09/13
Código em
Recanto das Letras 4494859