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terça-feira, 25 de outubro de 2011




Amigo leitor, vc está convidado para comparecer ao lançamento do meu primeiro livro de poesias, e compartilhar comigo a alegria e a emoção de ser poeta e curtir poesia.  Te espero lá!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011



"Olhos de Lince" - Meu primeiro livro de poesias será oficialmente lançado no próximo dia 24.11.11, às 18 h, na Livraria da UFF.  Será um prazer contar com você, meu seguidor, você, que ama poesia, você, meu amigo que me dá tanta força.  Até lá!



No dia 12 de setembro último estive no "Corujão da Poesia", com a força do seu coordenador João Luiz, declamando algumas das poesias de meu livro "Olhos de Lince."  Foi uma noite memorável, em que me senti verdadeiramente uma artista tentando contribuir para um mundo melhor, enquanto assistimos outros poetas e músicos maravilhosos que andam por aí, tentando achar onde divulgar seus talentos.
Obrigada, João, sua força e seu trabalho pela cultura de nosso país vem dando muitos frutos, e ainda dará muitos mais!  Confiram o Corujão no Bar Conversa Fiada, em Niterói, duas segundas-feiras por mês.  É pura cultura, coisa que Niterói anda tão carente, e com um público ávido por compartilhar a arte que se faz por aqui.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mensagem à minha amada filha Anamel

አሞር፣


  
Minha querida e amada filha,


Agora que a festa já aconteceu posso chorar à vontade...

Posso chorar por todo minuto e segundo e milésimo de segundo em que fui a mãe da noiva mais feliz do mundo nesse 20 de agosto de 2011, pois agora não tenho mais que me preocupar com a maquiagem, o vestido, as fotos, a produção...

Agora estou somente eu aqui, no secreto do meu quarto, aproveitando esse caderno lindo que você fez prá te dizer o quanto estou feliz...lembrando, chorando a cada instante, e ainda vou chorar muito mais, quanto tiver as fotos oficiais, o vídeo, quanto souber o quanto vocês curtiram a lua-de-mel, quando for vendo a casinha de vocês cada dia mais linda...

Sim, filha, vou aproveitar muito esse caderno lindo prá descrever as emoções, criar poemas, lembrar, agradecer a Deus, viajar e colocar em palavras toda a emoção desse meu viver. 

Os presentinhos que vocês nos deram foram lindos, os cadernos, as latinhas, os lencinhos...quanto mimo!

A minha sensação é de dever cumprido! Fiz tudo o que podia e devia fazer por minha filha mais que amada, e espero estar bem prá fazer também por sua irmãzinha, princesa de Jesus!

Foi também uma grande felicidade para o seu paizão, um cara bom demais, um fofo que, há 25 anos atrás, se rendeu aos meus apelos de fazer você.  Tenho certeza de que hoje, mais que nunca, ele me agradece por eu ter enchido o saco dele, rsrsrsrsrsrs...

Este caderno será sempre o meu tesouro, filha, e será seu depois que eu partir.  Agora posso ficar tranquila que nossa descendência se multiplicará, prá Glória do Senhor, no tempo certo, e que "lebrinhas" virão, com os genes de Álvares de Castros, Maciéis e Sousas...darão grandes frutos!

Agora posso ficar tranquila que você tem um porto seguro prá te proteger das intempéries da vida, e um varão para você cuidar... com muito amor, respeito, paciência e fé em Deus que Ele estará sempre com vocês, ainda que seja nas mais fortes tempestades.

Agora posso dormir em paz pois minha primogênita é uma só com um homem de bem, um grande homem.  Agora posso cuidar de sua irmãzinha até que ela também tenha o seu, para que eu possa partir sossegada ao encontro de meu Deus.

Vão longe, filhos! Alcem vôos!  Conquistem!  Nós sempre estaremos ao lado de vocês, a qualquer momento!

Você me fez a mãe mais feliz do mundo em todos os seus anos de vida, mas principalmente neste último, em que me elegeu " a mãe da noiva".  Foi estupendo, foi tão maravilhoso que eu quase não precisei de mais nada...a não ser cuidar de sua avózinha, sua irmãzinha, Glauco, Dudinha...

Agora tenho de cuidar de minhas conquistas também.  Ainda tenho alguns projetos a concluir, lançar meu livro, escrever outro, e quem sabe outro...

Mas sempre estarei aqui, quando vocês precisarem, especialmente você, minha filha única, única do jeito que você é, a doçura do mel, a amizade do mais fiel amigo, a mulher frágil que, com sua terna voz, convence a todos de suas convicções.

Entender que você outro dia era um ser no meu ventre, "mês passado" aquele bebê bujudo, e hoje uma mulher casada é que é um mistério.   Coisas do tempo, do maldito relógio do tempo que há de acabar, que há de sumir enquanto adentramos a eternidade, prá dela nunca mais sair.

Amo vocês

Mãe

21/08/11

MCRL/mcrl/21/08/11


quinta-feira, 28 de julho de 2011

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER




Acabei de ler, pela segunda vez, depois de quase vinte anos, esta obra-prima de Milan Kundera.Alguns trechos nos fazem chegar às lágrimas, outros nos instigam a pensar na insuportável condição humana.


Separei alguns para dividir com vcs:


"A beleza involuntária.  É isso mesmo.  Poder-se ia dizer também: a beleza por engano.  Antes de desaparecer totalmente do mundo, a beleza existirá ainda alguns instantes, mas por engano.  A beleza por engano é o último estágio da história da beleza."

"Tereza sabe que é mais ou menos assim o instante em que nasce o amor: a mulher não resiste à voz que chama sua alma amedrontada; o homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta à sua voz.
Tomas nunca está segura da armadilha do amor e Tereza só pode tremer por ele a casa hora, a cada minuto."

"O mais pesado fardo nos esmaga, nos faz dobrar sobre ele, nos esmaga contra o chão.  Na poesia amorosa de todos os séculos, porém, a mulher deseja receber o peso do corpo masculino.  O fardo mais pesado é, portanto, amos tempo a imagem da mais intensa realização vital.  Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais ela é real e verdadeira.!"

"Deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias.  O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres) mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher."

quinta-feira, 16 de junho de 2011


ALVORADA

A madrugada inspira
na madrugada expira
o prazer.

Algo ainda é permitido
amor e sexo na madrugada
e um sono pesado, merecido.

No despertar prá vida
o incômodo sol nos olhos
e a lembrança da tensão vindoura
do dia.

Melhor o tesão da madrugada
remédio que sustenta
suspiro que aguenta
mais e mais amar.

Esmola sublime
para corpos e mentes cansados
de lutar.






terça-feira, 14 de junho de 2011

TORMENTA



O vento
o vento macho
se anuncia na brisa
assovia na janela
penetra nas frestas
quer,
e consegue entrar.

O vento
o vento macho
levanta a saia da menina
arremessa longe folhas e papéis
assedias frágeis moradias
desrespeita dia, noite, sol, lua
determina passos e movimentos
canta nas portas
comemorando sua fúria.

Macho vento
que em dado momento
é laxo.
Retira-se,
com elegância de fêmea
dissipa-se
e, sem dizer adeus,
deixa no ar
o temor da dúvida humana
quando irá voltar?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

sábado, 12 de março de 2011

AMO A DEUS



AMO A DEUS (ANÔNIMO)

Amo a Deus:
Foi Ele quem fez a doçura do dia, se fico triste.

Para que, deslumbrada, não mais me sinta triste,
o puro e nítido tato de Seus azuis e verdes,
árvores no topo do monte, Suas mãos na terra.

Amo a Deus:
foi Ele quem fez meus filhos travessos,
turbulentos, brigões...
Depois os faz rir e os anima
da pura alegria
que transparece em seus corpos
e olhos...
tão bonitos, tão divertidamente angélicos, que tenho vontade
de chorar ao vê-los tão pura e docemente adoráveis.

Eu o amo:
Ele fez a perfeição de uma folha
e me sobressalta com os melros
e põe no bosque plantinhas tão engraçadas,
para que me espante.
Ele faz rudes e vastas tormentas,
que se armam estridentes
para destroçar seus majestosos feitos...rios...carvalhos...
O homem.
Só para dizer-nos que nada somos
sem Ele; O Senhor.

Amo a Deus:
Ele cuida de mim como cuida
do labirinto de uma conchinha
na erma vastidão da praia.
Tão pequenina...
Era preciso amá-la para fazê-la assim.

Doce é acreditar que Ele sentiu
a mesma alegria ao criar-me
e me deu tantos sentimentos
imensamente divinos
que exauri-los até o fim não posso
sinto no entanto que esta foi Sua intenção...

E deu-me o riso para que o desse
e uma viva felicidade para semear
e me ensinou o valor de tudo
ao me dar o susto e o medo e as doenças,

para que forte me fizesse.
Ele me pega pela mão
e eu sei o que é o amor.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cecília

"Cecília
mão que deslizava
poesia.
Cecília
inesquecíveis são seus dizeres
sua sensibilidade.
Sua retórica
inebria
sua imaginação
sua habilidade
com a mão
emoção.
Cecília
ícone da poesia
canção
inspiração maior
pra mente e pro coração.
Em seus versos me criei
ao ler suas palavras
chorei e chorei
até querer ser como você:
Poetisa."
Cristina Lebre - Olhos de Lince

Fim

Fome, medo
Sede, trauma.
Amor que nada afaga
que treme
destrata,
cisma, pisa.
Pele, cinza
amor-torcida que fumega
saudade-cana esmagada.
Amor torrente
sobrevivente
à tempestade de vis palavras.
Esperança infrutífera
amanhã sem dia
dia sem noite
noite sem bruma
escuridão desalmada.
Onde ainda este amor?
que nem UTI recupera
mas que agonizando, sussurra,
chora;
e, no siléncio contido,
espera?
Onde a esperança?
Que no impossível descansa
que, disfarçada de brisa,
crê, ainda, em mudança?
Quem seria ete amor?
Um rufar absurdo?
Um golpe violento?
Quem seria este amor?
que apanha, sucumbe
vagueia à distância
num tênue feixe de luz
que invade o pensamento
por um segundo
como doce alimento
para, logo em seguida
lembrar sua condição precária
e voltar a prantear
ao relento.
Quem seria este amor?
Um mísero sem-vergonha
um pobre coitado
um ridículo, enjeitado
um paciente terminal
um filho indesejado
um cão pulguento?
Seja quem for
dia desses morre de vez
e o coração, duro
fica no desalento
observando a fumaça no resto do pavio
lamentando o desejo perdido
condenando a vida
e a realidade
por terem deixado morrer este amor
definitivamente
falido.
Cristina Lebre