DESEJO
Acordou
em querenças
como
fêmea
lívida,
úmida, transtornada
como o
pólen se oferece ao pássaro
como o
mar espera o mergulho certeiro
da
gaivota.
Acordou
enviesando a nuca
para seus
sentidos nela bailarem
e jogando
os cabelos para sua língua
percorrer-lhe
o pescoço,
lambuzar-lhe
o dorso
de
desejo.
Acordou
diferente dos outros dias,
de um
jeito quente
e insone
de saudades,
em brasas
vivas de vontades,
dele,
somente.
@Cristina
Lebre – 09.09.14
Código em
RT – T4956016