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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ARRITMIA



ARRITMIA

A respiração se me falta
o coração, rebelde, não cumpre seu dever a contento
exime- se- me o ar.


Sei a soma dos meus dias passados
mas do presente, e muito menos do futuro
alguma coisa domino
percebo o inimigo à espreita.

A cada vertente da noite agradeço
mesmo sem saber
se do sono despertarei
mais uma vez, para escrever.

Melhor rir desta cínica espera
faz- bem evitar expectativas
elas somente se somam à ânsia
de me deter, ou me deixar perecer
desta patente e macabra assertiva.

Melhor cheirar as flores da primavera
sabiamente sugar a brisa, escutar o vento
fazer ecoar o grito - voz da águia
que sobrevoa ao relento.

A noite, entre quatro paredes, promete vida
quem sabe sonhos, quem pode afirmar
amores, abraços ou promessas,
tudo é escuro aos olhos de quem vê
todas as cores, até as mais berrantes
como essas.

@Cristina Lebre - 24/10/15
Código em RL - T5429328

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