CRIANÇA
Eu ainda queria a minha criança
brincando de correr, uma semente
se abrindo em flor,
dizendo o que sente,
sendo inteira,
amando
livremente.
Queria o ser sincero,
pleno de inocência,
despojado de jogos,
despido de carência..
Queria um amálgama de vida
no meu olhar encontrando o seu ,
pra que a gente pudesse provar , um e outro,
o néctar do que um dia se nos deu.
Queria que esse apuro de agora
de uma vez fosse embora
e ficasse, pra sempre em seus lábios,
o gosto doce da aurora.
Que nossas relações não precisassem ser tão rasas
e a gente não tivesse tanto medo
de amar.
Que a gente pudesse se render
à liberdade de, juntos, voar.
Meu mundo é utopia.
meu coração,
poesia.
@Cristina Lebre
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