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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CASCATA




CASCATA





Vem, poema
vem feito regra
e escorre na pedra
pra eu copiar.

Venham, palavras
certas, claras
venham correndo
pra no silêncio abafado
eu decifrar.

Vem, solidão
eu sou poeta
e quero de ti
consideração
pois preciso de ti
pra compor um refrão
sem interrupção.

Já tomei banho de lua
na praia deserta
e um amor de verão 
me viu nua e liberta
da satisfação, da hipocrisia
minh'alma arredia.

Desçam da mente
ao papel, sem motivo aparente
mas desçam, porque sou poeta
e esta é a minha meta
contar o amor
minha mente é inquieta.

Quem faz poesia
não vive, sofre
não dorme, sonha
com a tela vazia 
a encher-se de estrofes.

Quem faz poesia
percebe, procura e sente
abre chagas no peito
tem sangue de gente
que morre de amor
mas não cansa de amar.

Segue escrevendo
e sentindo tão fundo
a agonia do mar
que se afasta e se achega
e toca na areia
em ondas sozinhas
constantes, vizinhas.

Quem faz poesia
tem a alma vazia
pra vida comum
que cedo inicia;
mas cruza noites em claro,
a encher o caderno 
dos versos mais raros.





MCRL/mcrl/15/07/12.
Registro em Recanto das Letras
Código T3855869



2 comentários:

Unknown disse...

Olá,tudo bem? Gostaria de saber se você faz parceria com blogs literários. Caso se interesse,entre em contato comigo pelo meu e-mail: louise_juliani@hotmail.com

Cristina Lebre disse...

sim, me interessa mto, louise, vou te enviar um e-mail, bjs