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segunda-feira, 31 de março de 2014

IMPLÍCITO



IMPLÍCITO



Caio, levanto
sigo,
no tranco,
levanto, caio.

Os tombos me fazem feridas
feridas que se abrem
doem, rasgam a carne
corroem a alma,
sangram.

Sangram, espancam
adoecem corpo e mente,
mas eis que, de repente,
algo implícito se lança,
se apresenta
e me defende,
e minhas lutas enfrenta,
e minhas feridas estanca.

E uma cicatriz se cria
a marca fica,
a linha fina,
branca, transparente,
é quando então outro vento,
vindo de um deserto incerto,
violenta o batente,
e me enlaça de frente,
caio, tonteio, me agarro,
me espanto,
e então te vejo,
te sinto,
levanto,
estranha,
e novamente.


@Cristina Lebre – 30.03.14
Código em Recanto das Letras T4751632



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